Deni Zolin

Por que não foram instaladas lombadas que reduzem velocidade?

O início da aplicação de multas por parte dos controladores de velocidade nas principais avenidas de Santa Maria vai dar uma grande chiadeira, o que já era previsto. Por mais que a prefeitura alegue, e com razão, de que é pela segurança do trânsito, o cidadão comum não entende assim. Boa parte das pessoas não gosta de ser controlada e, principalmente, punida.

O ideal seria que todos cumprissem as regras de trânsito e não precisasse que a cidade tivesse de fiscais, pardais ou lombadas, pois daí ninguém seria multado. Porém, basta andar pelas ruas e ver os números coletados pelas lombadas para perceber que o total de casos de desrespeito das regras é elevadíssimo, com milhares de veículos passando no sinal vermelho ou desrespeitando os limites de velocidade - situações que ainda não geravam multa de trânsito por parte dos equipamentos fixos.

Por um lado, é claro que a prefeitura tem responsabilidade de fazer algo para tentar impor regras e limites, até porque investiu dinheiro público nesses controladores de velocidade, mas não estava os utilizando. Vai levar um tempo até a população se acostumar, como já ocorreu em outras cidades.

Veja em quais avenidas os pardais começarão a multar no dia 21 de junho

Só discordo de um ponto: se a prefeitura quer mesmo só educar os motoristas e arrecadar, deveria priorizar a instalação de lombadas eletrônicas, como nas rodovias de acesso à cidade, pois são aparelhos com um amarelo piscante e que informam a velocidade num letreiro luminoso. Já os pardais, instalados nas avenidas da cidade, não são tão visíveis. Claro que os motoristas precisam ficar de olho nas placas de limite de velocidade e respeitar a sinalização. Mas, na correria do dia a dia, poderá haver muitos casos de motoristas distraídos que vão passar dos limites sem perceber.

O exemplo mais emblemático disso é a Avenida Diácono João Luiz Pozzobon, onde os pardais foram instalados no canteiro central e acabam ficando quase escondidos atrás das árvores. E será bem na chegada à cidade, o que pode acabar multando algum desavisado.

Por isso, a sinalização precisa ser bem clara. E o município precisa fazer uma campanha ampla de divulgação de que as multas vão começar. Será já na segunda que vem. Ficou meio em cima da hora.

Outro detalhe que pode causar confusão. Até poucos dias atrás, as placas eram de 60 km/h na Hélvio Basso, Diácono Pozzobom e Walter Jobim, e as pessoas tinham se acostumado com essa velocidade. Recentemente, foram trocadas para 50 km/h e vão começar a multar por esse limite a partir de julho. Por isso, muita atenção.

O MOTIVO DE NÃO TEREM INSTALADO LOMBADAS

Conversei com o secretário de Mobilidade, Orion Ponsi, que explicou o motivo de não instalar lombadas. Segundo ele, primeiro, porque a licitação foi feita, em 2019, para cercamento eletrônico, com câmeras que capturam placas de carros, e aproveitou-se para comprar aparelhos que também controlassem a velocidade. Só que não há no mercado lombadas com essas câmeras de OCR, de identificação das placas, mas apenas radares com essa tecnologia.

Outro motivo, segundo Ponsi, é que a lombada é um redutor de velocidade destinado para situações específicas, em que é preciso reduzir muito a velocidade da via, como na frente de uma escola. Se fossem instaladas lombadas dentro da cidade, numa via em que a velocidade máxima é de 50 km/h, a lombada teria de operar em 30 km/h, por exemplo. Nesse momento, não há previsão de instalar esses redutores eletrônicos. Mas reforçando, se a intenção da prefeitura é orientar motoristas, a sinalização desses pardais precisa ser bem ostensiva.

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